Artigo:

Quando eu era criança, eu amava jogar futebol com meus amigos no quintal. Nós tínhamos uma bola que era o nosso tesouro mais precioso - era a bola que jogávamos em todos os nossos jogos e que fazia parte de todas as nossas aventuras. Era a bola que eu mais amava. Mas, um dia, eu percebi que a minha bola favorita não era minha - era a bola de outro amigo.

Eu lembro do momento em que percebi isso claramente: estávamos jogando futebol como sempre e eu um chutei a bola tão forte que ela voou por cima do muro do quintal, caindo do outro lado da rua. Eu fiquei apavorado. Imaginei que nunca mais veria a nossa bola de novo. Mas, a nossa sorte foi que um garoto que nunca tínhamos visto antes apareceu com ela em suas mãos. Ele a devolveu para nós.

Foi então que percebi o quanto aquela bola era amada não só por nós, mas por outras crianças também. Aquela bola não era minha. Era uma bola de partilha. Uma bola que representava a nossa amizade e o nosso amor pela diversão. E foi a partir daquele momento que a minha perspectiva sobre a bola e sobre o esporte mudou completamente.

Quando eu olho para trás agora, percebo como aquela bola simbolizava algo maior do que nós mesmos. Ela representava a nossa capacidade de partilhar e de encontrar a alegria no esporte e na companhia um do outro. E eu também percebi que essa bola não era a única bola amada por muitas outras pessoas. Havia muitas outras bolas compartilhadas pelas comunidades em todo o mundo. E a partir daquele momento, comecei a ver o esporte de uma forma muito especial.

Eu comecei a perceber que o esporte não é apenas sobre o jogo em si. É sobre as pessoas que jogam juntas. É sobre a amizade que é formada através do esporte, seja em times formais ou em uma simples partida de futebol no quintal. É sobre o companheirismo que é construído através da partilha de uma bola, uma raquete ou uma prancha de surf.

E é por isso que acho importante lembrar-nos hoje em dia, especialmente em meio a tantas competições, que a parte mais importante do esporte não é o vencedor ou o perdedor, mas o tamanho da amizade e do companheirismo que nós compartilhamos junto com nossas bolas.

Em resumo, minha bola favorita não era minha. Era de todos eles. Uma bola de partilha, amada e cuidada por muitos. E essa é a beleza do esporte - a capacidade de reunir as pessoas, de partilhar e de se divertir juntos. Então, da próxima vez que estamos jogando com uma bola que não é nossa, lembremos que a bola é apenas uma desculpa para estarmos juntos. O importante mesmo é o amor e a amizade criados através do esporte.